sábado, 21 de julho de 2012

Engenheiros: a Batalha do dia à dia



POR QUE É QUE A GENTE É ASSIM?
É na Escola de Engenharia que começa a ser destruída a nossa auto-estima. É na Escola de Engenharia que começa a ser forjado o nosso comportamento autodestrutivo, nosso desprezo pelos valores da própria profissão, nosso desgosto com a nossa própria atividade profissional. É na Escola de Engenharia que nasce a nossa falta de coragem empresarial e essa submissão inaceitável aos caprichos dos clientes.

Engenheiros, Médicos, Arquitetos, Advogados, Agrônomos, Dentistas...
Uma coisa leva à outra: toda vez que, numa conversa qualquer, o assunto “comportamento no mercado” vem à tona acabamos caindo nas inevitáveis comparações de engenheiros, arquitetos e agrônomos com médicos, dentistas e advogados...

Quando me perguntam o que eu acho disso (dessa comparação de profissionais tão diferentes) respondo sempre a mesma coisa: acho que essa comparação é JUSTÍSSIMA.
Se eu, engenheiro, por qualquer motivo, tiver de ser comparado com outros profissionais, acho muito justo que seja com médicos, com dentistas ou com advogados. Afinal temos muito mais coisas em comum do que diferenças. Somos todos prestadores de serviços. Nosso produto (nosso serviço) é altamente especializado e todas essas atividades demandam profissionais com capacidade intelectual diferenciada. Ninguém chega a ser médico, advogado, dentista, agrônomo, arquiteto ou engenheiro apenas por ter um belo par de olhos, uma voz doce, algum dinheiro no banco ou um padrinho influente... A conquista de qualquer um desses títulos demanda qualidades e habilidades especiais, muito estudo e empenho (às vezes até muitos sacrifícios).

Temos, é verdade, muitas semelhanças, quando a comparação é feita no nível da qualificação. Porém, no exercício das profissões e no comportamento empresarial de cada grupo as diferenças aparecem e são enormes. Neste texto concentramos nossas reflexões sobre a formação dos profissionais de Engenharia. No entanto, nossa experiência e a convivência com milhares de arquitetos e agrônomos dos mais distantes lugares do Brasil nos permitem acreditar que os conceitos podem se estender sem problemas também para esses profissionais. Voltemos no tempo.

Voltemos ao tempo em que essa pessoa (que hoje é um engenheiro) tinha seus quinze, dezesseis anos, um ou dois anos antes do vestibular. Esse moço ou essa moça é, muito provavelmente, um dos melhores alunos da sua sala (talvez da escola). É um expoente estudantil, requisitado pelos colegas, elogiado pelos professores, respeitado pelos pais (de quem é motivo de muito orgulho) valorizado pelos parentes, pelos vizinhos, admirado pelas garotas (ou garotos).

Comparemos nosso amiguinho com o estudante de quinze ou dezesseis anos que virá a ser médico, dentista ou advogado.

Veremos quase nenhuma diferença.

É isso mesmo. Na origem, são todos iguais. Têm o mesmo perfil, a mesma história, o mesmo rendimento. Todos são brilhantes e bem sucedidos.

Vem o vestibular. Ingressa, cada qual, na faculdade que escolheu... E é aí que as diferenças começam a aparecer. Os estudantes de medicina e de odontologia são enquadrados em um ambiente novo, com pessoas que se vestem de uma maneira diferente, se comportam de uma maneira diferente e que estabelecem uma identidade visual (e, por decorrência, uma identidade psicológica) com a atividade profissional que irão exercer alguns anos depois.

Os estudantes de direito, já nos primeiros meses de escola convivem com professores que vêm para as aulas de terno, gravata, sapato social, barba feita ou bem cuidada. E o mais interessante: aqueles senhores e senhoras respeitáveis, bem vestidos e de fina educação (os professores), tratam os seus alunos por “senhor” ou “senhora”, com toda a fineza e educação que a prática profissional recomenda. E estimulam seus alunos a acreditar e se convencerem de que são superiores. Que estão se preparando para “falar com o Estado” (privilégio que não é concedido a nenhum outro profissional...). Enfim, aprendem que precisam respeitar os outros, mas aprendem, antes de tudo, que precisam exigir respeito para si.
Nos últimos anos de faculdade, estudantes de odontologia e medicina já se vestem como se médicos ou dentistas fossem. Freqüentam clínicas e atuam como profissionais na área da saúde. Assumem, enfim, um ou dois anos antes de terminada a faculdade, todo um comportamento típico de médico. De dentista.

Os estudantes de Direito, por sua vez, a partir da Segunda metade do curso, já se vestem como advogados (roupa social, sapato, eventualmente gravata e um terno ou blazer...). Mantém com os seus professores e com os seus colegas um comportamento e um vocabulário apropriados para as lides jurídicas. E, o mais importante: são tratados, pelos seus professores, como Doutor. (Dr. Fulano, termine seu relatório até a próxima aula. Dr. Sicrano, esteja preparado para a prova final, na sexta-feira.). Apesar de ainda não terem concluído o curso.



Os estudantes de engenharia, ao contrário, a partir do início do curso, a única diferença que eles conseguem perceber na faculdade, em relação ao ensino médio é o grau de dificuldade (que simplesmente quintuplica!).

Não existe nenhum estímulo a um comportamento novo, nenhuma referência, um exemplo positivo de comportamento. Nenhuma motivação para um desenvolvimento psicológico alternativo. Nenhum elemento que interfira na formação do profissional do ponto de vista da sua imagem física composta de aspectos visuais e comportamentais. A vida social, no ambiente da faculdade, é muito restrita, quando não inexistente.

Além do mais, a faculdade entra na vida desses jovens como um elemento de ruptura. Os alunos são colocados em uma condição a que eles não estavam acostumados. Estavam acostumados a tirar notas máximas com a maior facilidade e, de repente, passam a sofrer e ter grandes dificuldades para obter notas mínimas ou médias. Deixam de ser respeitados pelos seus professores que se tornam distantes e autoritários e perdem a admiração dos colegas que estão todos desesperados tentando se salvar de uma coisa que ainda não estão entendendo direito.

Não que as faculdades de medicina, direito ou odontologia sejam fáceis. Ocorre que lá os estudantes têm compensações psicológicas que os estudantes de engenharia não têm. Essas faculdades, por diversos mecanismos, inexistentes nas escolas de engenharia, dão continuidade ao amadurecimento psicológico e social do futuro profissional. E, com isto, mantêm em alta a motivação e auto-estima dos seus estudantes.
Na engenharia não existe nenhum processo de acompanhamento psicológico para aquele estudante desesperado que teve a sua carreira de sucesso estudantil subitamente interrompida (mesmo os alunos que continuam conquistando notas altas, acabam sentindo a falta do aplauso dos colegas, do respeito dos professores e da admiração coletiva). E não existe ninguém para explicar o que está acontecendo. Ninguém para dizer a este estudante que ele não é tão inepto ou incapaz como, algumas vezes os professores parecem querer provar.
É quase geral, por parte dos professores, nas escolas de engenharia, a manifestação desnecessária de superioridade intelectual, o exercício gratuito de poder e o terrorismo psicológico.

E o estudante, que entrou na faculdade no auge positivo da auto-estima, vai recebendo, ao longo de cinco anos, das mais variadas formas, uma única mensagem: “Você não é tão bom quanto você pensava que fosse !”.
Ao contrário dos estudantes de direito, medicina ou odontologia, que têm como professores, profissionais que atuam no dia-a-dia de suas atividades, os estudantes de engenharia passam cinco anos submetidos aos rigores (e, em alguns casos, caprichos) de engenheiros que não atuam, profissionalmente, como engenheiros e sim como professores, e que, portanto, não têm a vivência da atividade profissional e não têm a ciência ou a consciência das relações comerciais que vão definir o sucesso ou o fracasso dos profissionais que eles estão formando.

Como resultado disso, ao final de cinco anos, o estudante de engenharia se transforma em um engenheiro. E este engenheiro é completamente desprovido de auto-estima, de respeito próprio, de prazer profissional ou de consciência de mercado. Na metade do último semestre da faculdade, dois meses antes de receber o diploma e ser entregue aos leões do mercado, o estudante de engenharia ainda é tratado como mero es-tu-dan-te.
Em momento algum, durante a faculdade, o estudante de engenharia é tratado como engenheiro, em momento algum, durante esses cinco anos, a escola propicia a percepção da mudança de condição de estudante para a condição de profissional.

Estudantes de direito, medicina e odontologia, ao contrário, muito antes do fim da faculdade já têm uma noção razoavelmente clara das dificuldades do exercício profissional que eles irão enfrentar. Com isso vão desenvolvendo mecanismos psicológicos de defesa e saem da faculdade com maior grau de segurança. Entram no mercado profissional de cabeça erguida, com uma consciência de valor. E com todo o processo de construção da imagem profissional em andamento. Estudantes de engenharia não são estimulados a se vestir bem, nem a ter preocupações com técnicas de comunicação ou relacionamento social ou de exercício intelectual não linear. Com isso acabam não desenvolvendo habilidades gerenciais ou de relacionamento com o mercado.
Esta é uma das razões pelas quais as organizações de engenharia são, quase sempre, extremamente burocráticas e conservadoras.

Engenheiros (ao contrário de advogados, médicos e dentistas) não comandam seu ambiente de trabalho. Por mais que detenham o conhecimento e a técnica, os engenheiros são, via de regra, pouco influentes em relação ao produto final, seja uma construção, uma instalação, um empreendimento complexo ou um processo produtivo.

O mais lamentável é que os engenheiros, via de regra, só vão perceber os resultados da negligência com a imagem física, a comunicação não-verbal e o comportamento no mercado, depois de já terem acumulado muitas perdas desnecessárias (algumas das quais, infelizmente, irreversíveis).

E qual é a utilidade desse discurso? Qual a importância de se colocar este tema no papel? Porque tornar pública esta opinião, que, com certeza aborrecerá alguns segmentos? Ninguém é ingênuo a ponto de acreditar que a simples leitura deste ensaio leve um diretor de escola de engenharia, um professor, um estudante ou um profissional de engenharia a alterar o seu comportamento. O que se espera é que essas pessoas, a quem o texto é dedicado, tenham um momento de reflexão. E que a esse momento de reflexão se siga uma atitude. E que essa atitude tenha como objetivo dar um futuro melhor para a engenharia no Brasil.

A engenharia depende dos engenheiros. E os engenheiros começam a ser formados aos quinze ou dezesseis anos, ainda no ensino médio.
Eu ainda acho, como sempre achei, que o conhecimento científico que é transmitido aos estudantes durante a faculdade de engenharia é fundamental. E que o valor da engenharia está sustentado na capacidade intelectual e técnica dos seus profissionais.
No entanto, vejo como importantíssima uma nova visão, nesse processo de formação do engenheiro, que leve em consideração todo o relacionamento social dos estudantes entre si e com os seus professores. É importante que, aos estudantes, seja transmitida uma visão mais clara das relações comerciais que eles enfrentarão na vida profissional, seja na condição de profissionais autônomos, empresários ou empregados em alguma empresa.

Em qualquer um desses casos as relações sociais são elementos definitivos para o sucesso. É um “detalhe” que faz toda a diferença.
O estudante chega ao curso de Engenharia cheio de sonhos com a auto-estima elevada, transpirando confiança e auto-respeito. É muito triste que, dez ou quinze anos depois esse potencial tenha se transformado em um sujeito cabisbaixo, sem consciência de valor, destituído de auto-estima e respeito próprio. Abrindo mão da sua natural vocação de agente do desenvolvimento para ser mero instrumento de trabalho para terceiros.
Na Escola de Engenharia o engenheiro precisa ser “construído” para ser um vencedor. Precisa ser estimulado a acreditar no seu potencial. Confiar na sua inteligência. E, acima de tudo, precisa aprender a importância de manter a cabeça erguida.

(Este artigo foi incluído no livro LER E ESCREVER - Artigos e ensaios sobre a Valorização Profissional de Engenheiros e Arquitetos (lançado em 2011) onde este tema é melhor explorado e outras questões relativas ao tema são tratadas com maior profundidade)

http://www.eniopadilha.com.br/artigo/24



sexta-feira, 6 de abril de 2012

Quanto Ganha Um Engenheiro Civil?


Salário de um Engenheiro Civil

piso salarial de um Engenheiro Civil (salário mínimo da categoria profissional) é de R$ 4.335,00 (quatro mil trezentos e trinta e cinco reais).

Profissão de Engenheiro Civil

De acordo com a Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, a profissão de engenheiro civil tem como característica as realizações de interesse social e humano que importem nos seguintes empreendimentos: a) aproveitamento e utilização de recursos naturais; b) meios de locomoção e comunicações; c) edificações, serviços e equipamentos urbanos, rurais e regionais, nos seus aspectos técnicos e artísticos; d) instalações e meios de acesso a costas, cursos e massas de água e extensões terrestres; e) desenvolvimento industrial e agropecuário.

O que faz um Engenheiro Civil

Dentre os profissionais de engenharia, o engenheiro civil é aquele responsável por todas as fases de uma construção. O engenheiro civil analisa o projeto da construção, calcula as estruturas, as tensões, resistência dos materiais usados, faz pesquisas e analisa o solo do terreno onde será feita a construção e acompanha o andamento da obra desde o seu início até a sua conclusão. Ele gerencia, supervisiona e fiscaliza a construção das obras. Ele também realiza consultoria na área de engenharia civil, fornecendo soluções para otimizar o trabalho na construção das obras. Observa-se, portanto, que o trabalho do engenheiro civil é muito importante para o desenvolvimento do país.

Quanto tempo dura o curso de engenharia civil

graduação em engenharia civil dura em média 5 (cinco) anos. Na faculdade, o estudante de engenharia civil terá aulas práticas e teóricas de diversas disciplinas, como cálculo e resistência dos materiais, todas destinadas a formar um bom engenheiro civil.

Quanto Custa o Salário de um engenheiro civil

A Constituição da República Federativa do Brasil estabelece que o piso salarialproporcional à extensão e à complexidade do trabalho é um dos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais. Portanto, diante da complexidade e responsabilidade dos trabalhos realizados pelos engenheiros civis, eles têm direito a um salário mínimo profissional justo.
A Lei nº 4.950-A, de 22 de abril de 1966, estabelece que o salário mínimo a ser pago a um engenheiro civil é o seguinte:
a) Se o engenheiro civil tem carga horária de trabalho de 6 (seis) horas diárias de serviço, o piso salarial será de 6 (seis) vezes o salário-mínimo do Brasil;
b) Se o engenheiro civil tem carga horária de trabalho superior a 6 (seis) horas diárias de serviço, o piso salarial será fixado tomando-se por base o custo da hora de trabalho, acrescidas de 25% (vinte e cinco por cento) as horas excedentes das 6 (seis) diárias de serviços.
Assim, considerando que o salário mínimo atual é de R$ 545,00, o salário base dos engenheiros civis que trabalham até seis horas diárias é de R$ 3.270,00 (três mil e duzentos e setenta reais). Ou seja, o salário mínimo profissional do engenheiro civil é calculado da seguinte forma: Salário Mínimo Profissional = 6 x Salário Mínimo.
Quando a jornada de trabalho do engenheiro civil for de sete horas, o seu salário mínimo profissional é calculado da seguinte maneira: Salário Mínimo Profissional = (6 + 1,25) x Salário Mínimo = 7,25 x Salário Mínimo. Portanto, de acordo com esta conta, para o engenheiro civil que tem jornada de sete horas diárias, a sua remuneração mínima será de R$ 3.951,25.
Quando a jornada de trabalho do engenheiro civil for de oito horas, o seusalário mínimo profissional é calculado da seguinte maneira: Salário Mínimo Profissional = (6 + 1,25 + 1,25) x Salário Mínimo = 8,5 x Salário Mínimo. Portanto, de acordo com esta conta, para o engenheiro civil que tem jornada de oito horas diárias, o piso salarial (salário mínimo da categoria profissional) será de R$ 4.632,50.
Caso o engenheiro civil exerça suas atividades à noite, a remuneração do trabalho noturno será feita na base da remuneração do trabalho diurno, acrescida de 25% (vinte e cinco por cento). E caso o engenheiro civil trabalhe além de sua jornada de trabalho, a sua hora extra será acrescida de 50% (cinquenta por cento) do valor da hora normal.
Assim, caso o engenheiro civil tenha jornada de trabalho de 6 (seis) horas diárias, o valor da hora extra a ser paga será de R$ 25,50 (vinte e cinco reais e cinquenta centavos); se for de 7 (sete) horas diárias, o valor da hora extra a ser paga será de R$ 26,41 (vinte e seis reais e quarenta e um centavos); e, o engenheiro civil tenha jornada de trabalho de 8 (oito) horas diárias, o valor da hora extra a ser paga será de R$ 29,56 (vinte e nove reais e cinquenta e seis centavos).

Concurso para Engenheiro Civil

Atualmente, a Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras lançou edital de concurso público para contratação de engenheiros civis, além de outros cargos. De acordo com o edital, um engenheiro civil júnior tem o salário básico de R$ 4.117,07, com garantia de remuneração mínima de R$ 6.217,19.
O Superior Tribunal Militar também lançou edital de concurso público para o cargo de analista judiciário – área: apoio especializado – especialidade:engenharia civil, onde o requisito é o candidato possuir diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior em Engenharia Civil, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação, e registro no órgão de classe. A remuneração inicial prevista é de R$ 6.611,39.
Neste ano, a Caixa Econômica Federal também lançou edital de concurso público para contratação de engenheiros civis, além de outros cargos. De acordo com o edital, um engenheiro civil tem a remuneração inicial de R$ 6.571,00 para uma jornada de trabalho de 40 (horas) semanais.
Em 2009, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento S/A lançou edital para contratação de engenheiros civis. A remuneração inicial de um engenheiro civilna EMBASA era, segundo o edital, de R$ 4.091,60.

Engenharia Civil


Engenharia Civil

Habilitação:

Engenheiro Civil

Duração do Curso:

5 anos

Área:


Atributos do Profissional:

Organização e Meticulosidade

Salário inicial:

R$ 3.060,00 (6 horas diárias; fonte: Crea-SP).


É o ramo da engenharia que projeta, gerencia e executa obras como casas, edifícios, pontes, viadutos, estradas, barragens, canais e portos. O engenheiro civil projeta, gerencia e acompanha todas as etapas de uma construção ou reforma. Sua atuação inclui a análise das características do solo, o estudo da insolação e da ventilação do local e a definição dos tipos de fundação. Com base nesses dados, o profissional desenvolve o projeto, especificando as redes de instalações elétricas, hidráulicas e de saneamento do edifício e definindo o material que será usado. No canteiro de obras, chefia as equipes de trabalho, supervisionando prazos, custos, padrões de qualidade e de segurança. Cabe a ele garantir a estabilidade e a segurança da edificação, calculando os efeitos dos ventos e das mudanças de temperatura na resistência dos materiais. Ele também pode dedicar-se à administração de recursos prediais, gerenciando a infraestrutura e a ocupação de um edifício.
O mercado de trabalho
O mercado para o engenheiro está aquecido em todo o país, e a expectativa é melhorar ainda mais nos próximos anos. O bom momento atual é reflexo do crescimento da economia e de projetos do governo federal como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa Minha Vida, que aumentou a oferta de imóveis, o que beneficia o bacharel. Para os próximos anos, a demanda pelo profissional deve aumentar, já que dois grandes eventos serão sediados no país: a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016. "Serão grandes construções, como portos, canais, barragens, que levam de quatro a cinco anos para ficar prontas. O mercado só tende a melhorar ainda mais", afirma José Gabriel Maluf Soler, coordenador do curso da PUC Minas. De acordo com ele, a construção civil é o setor que mais absorve esse bacharel. O aquecimento do mercado imobiliário nos últimos anos segue influenciando a grande procura por esse engenheiro. Escritórios de arquitetura também costumam contratar o profissional para atuar no planejamento de projetos. Entre os setores apontados como promissores, estão o de petróleo e gás, que deverão receber investimentos em obras de grande porte, como gasodutos, refinarias, plataformas, navios e estaleiros. Outras áreas com boa perspectiva são energia e saneamento básico.
O curso
Disciplinas como matemática, física, estatística, desenho e lógica são o forte do currículo. Portanto, prepare-se para exercitar suas habilidades em cálculo e desenho. Há atividades em laboratório e matérias das áreas de administração e economia que ensinam técnicas e métodos de gerenciamento de projetos e equipes. Nos três anos finais, você cursa disciplinas mais ligadas às áreas de especialização escolhidas: estruturas, construção civil, hidráulica e saneamento, transportes ou geotecnia. Para obter o diploma, o estágio é obrigatório, assim como um trabalho de conclusão de curso. Fique de olho: Há instituições que oferecem formação direcionada a uma área específica, como estruturas, transportes e meio ambiente. A Furg possui o curso de Engenharia Civil Costeira e Portuária.


Grade Básica do Curso de Engenharia Civil:
Cálculo
Construção Civil
Transportes
Teoria das Estruturas
Hidrologia Aplicada
Saneamento Básico
Sistemas Estruturais
Hidráulica
Mecânica dos Solos
Topografia


Outros nomes: Eng. Civil (amb.); Eng. Civil (ênf. em estrut. metálicas); Eng. Civil (ênf. em meio amb.); Eng. Civil (ênf. em sist. construtivos); Eng. Civil (estrut. metálicas); Eng. Civil (transp. e log.); Eng. Civil de Infraestrutura; Eng. Civil e Amb.; Eng. de Prod. Civil; Eng. em Constr. Civil.
O que você pode fazer
Construção urbana
Projetar, construir e reformar prédios e grandes instalações, como estádios esportivos, shopping centers e aeroportos.
Estruturas e fundações
Projetar e edifi car fundações e estruturas de madeira, aço ou concreto, que dão apoio às construções, calculando o material necessário e as dimensões da obra.
Gerência de recursos prediais
Manter em ordem a infraestrutura de prédios e estabelecer padrões de qualidade, ocupação e uso do espaço.
Hidráulica e recursos hídricos
Projetar, gerenciar e executar obras de barragens, canais, reservatórios, sistemas de irrigação, drenagem ou obras costeiras.
Saneamento
Fazer o projeto e construir obras de saneamento básico, como redes de captação e distribuição de água e estações de tratamento de água e esgotos.
Transportes
Projetar e construir obras de infraestrutura, como rodovias, ferrovias, viadutos, portos, metrôs e viadutos.

Aspectos Favoráveis da Carreira de Engenheiro Civil:
Na decada de 90 com o inicio dos processos de privatização, ouve um grande estímulo a área de infra-estrutura e engenharia civil, com a expansão e duplicação das estradas, construção de portos, aeroposrtos e pequenas hidrelétricas. Essa expansão, somada ao crescimento e modernização da indústria tem gerado excelentes oportunidades de trabalho para o ramo de engenharia civil.
Aspectos Desfavoráveis da Carreira de Engenharia Civil:
O aspecto desfavorável da profissão é que em alguns projetos o engenheiros civil pode ser submetido a condições insalubres tais como ambientes subterrâneos, expostos a ruido e a mau cheiro.

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  • Cálculo
  • Construção Civil
  • Transportes
  • Teoria das Estruturas
  • Hidrologia Aplicada
  • Saneamento Básico
  • Sistemas Estruturais
  • Hidráulica
  • Mecânica dos Solos
  • Topografia



  • Outros nomes: Eng. Civil (amb.); Eng. Civil (ênf. em estrut. metálicas); Eng. Civil (ênf. em meio amb.); Eng. Civil (ênf. em sist. construtivos); Eng. Civil (estrut. metálicas); Eng. Civil (transp. e log.); Eng. Civil de Infraestrutura; Eng. Civil e Amb.; Eng. de Prod. Civil; Eng. em Constr. Civil.

    O que você pode fazer

    Construção urbana

    Projetar, construir e reformar prédios e grandes instalações, como estádios esportivos, shopping centers e aeroportos.

    Estruturas e fundações

    Projetar e edifi car fundações e estruturas de madeira, aço ou concreto, que dão apoio às construções, calculando o material necessário e as dimensões da obra.

    Gerência de recursos prediais

    Manter em ordem a infraestrutura de prédios e estabelecer padrões de qualidade, ocupação e uso do espaço.

    Hidráulica e recursos hídricos

    Projetar, gerenciar e executar obras de barragens, canais, reservatórios, sistemas de irrigação, drenagem ou obras costeiras.

    Saneamento

    Fazer o projeto e construir obras de saneamento básico, como redes de captação e distribuição de água e estações de tratamento de água e esgotos.

    Transportes

    Projetar e construir obras de infraestrutura, como rodovias, ferrovias, viadutos, portos, metrôs e viadutos.

    Aspectos Favoráveis da Carreira de Engenheiro Civil:

    Na decada de 90 com o inicio dos processos de privatização, ouve um grande estímulo a área de infra-estrutura e engenharia civil, com a expansão e duplicação das estradas, construção de portos, aeroposrtos e pequenas hidrelétricas. Essa expansão, somada ao crescimento e modernização da indústria tem gerado excelentes oportunidades de trabalho para o ramo de engenharia civil.

    Aspectos Desfavoráveis da Carreira de Engenharia Civil:

    O aspecto desfavorável da profissão é que em alguns projetos o engenheiros civil pode ser submetido a condições insalubres tais como ambientes subterrâneos, expostos a ruido e a mau cheiro.